Era abril de 2002, estava em Palma de Mallorca acompanhando o Guga na disputa do ATP 500.
Chegamos cedo, alguns dias antes do torneio começar. Alguém da organização sugeriu que ele treinasse com um juvenil espanhol com muito potencial. Era Rafael Nadal.
Foi a primeira vez que o vi e nunca vou esquecer da quadra, lá no fundo do torneio, da expressão dele leve e concentrada ao mesmo tempo e do que ele viria a se tornar depois.
Acompanhei muito de perto a chegada dele ao circuito profissional. O Guga ainda jogava e Nadal chegava, com tudo.
Eu estava em Roland Garros no primeiro que ele venceu – e em muitos outros – estava em Miami quando enfrentou e derrotou Federer pela primeira vez.
Quantas capas da Tennis View fizemos de Nadal, de Federer e Nadal e até nos questionamos se não era exagero todo Roland Garros fazer capa do Nadal… Não era, queria ainda ter a revista impressa e ficar publicando capas com o Nadal.
Adjetivos não faltam para definir o maior guerreiro da história do esporte, o atleta com uma das maiores forças mentais que já vi, de perto e de longe. Um jogo nunca estava perdido para ele.
Nas 3 vezes que ele jogou o Rio Open também tive a oportunidade de estar perto dele na quadra, fora dela, vendo erguer o primeiro trofeu da história do nosso ATP 500 e em situações com patrocinadores, fãs, imprensa e muito mais.
Para mim, além da força mental o que vai ficar do 14 vezes campeão de Roland Garros é a gentileza e a simplicidade.
Não sou próxima de Nadal, apenas o vi e trabalhei em alguns eventos que ele participou. Era mais amiga do PR dele, o Benito Perez Barbadillo, mas cada vez que Nadal me via, podia estar no meio de muita gente, mas parava para cumprimentar.
Talvez pelo fato de ter nascido em uma família muito próxima e em uma ilha, jamais tirou os pés do chão ao mesmo tempo que nunca deixou de sonhar muito longe e acreditar.
Rafa, você fará falta nas quadras e não só no esporte, mas como exemplo para um mundo cada vez mais complicado.
Obrigada.
Diana Gabanyi